7.6.12
CASTELO DE SOURE
no vale do baixo rio Mondego, numa pequena elevaão formada por aluviões, na confluência do rio Anços com o rio Arunca..Actualmente em ruínas e muito mutilado nos seus muros, integrava uma linha avançada de redutos defensivos de Coimbra
À época da invasão romana da Península Ibérica, acredita-se que um pequeno destacamento aqui se tenha instalado, para guarnecer a estrada que seguia para Coimbra. Dessa ocupação são testemunho diversas pedras posteriormente aproveitadas para a construção do castelo medieval.
Não há muita documentação sobre o cartelo medieval e, por isso, discute-se se a primitiva fortificação de Soure se deve à época das lutas da Reconquista cristã ou aos Muçulmanos, por volta do século IX, parecendo mais certo datá-la entre 1064 e 1111. Há consenso, entretanto, de que o castelo foi erguido às pressas, conforme testemunha o aparelho de seus muros. Por não querermos historiar na totalidade a vida do castelo diremos apenas que do século XIX aos nossos dias o castelo conservou-se na posse da Ordem de Cristo. Neste século, duas torres do castelo foram vendidas por João Ramos Faria a João Lobo Santiago Gouveia, conde de Verride e em 1880, a Câmara Municipal fez dinamitar a torre Sudoeste, que ameaçava ruir.
Na primeira metade do século XX pertenceu ao poeta Santiago Presado, que, na década de 1940, o colocou à disposição da Câmara Municipal. À época, esta não legalizou a oferta. O castelo foi classificado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 5 de Abril de 1949.
Em 1973, o castelo foi colocado à venda em hasta pública pelo valor matricial de 60.480$00, embora a transacção não fosse efectuada pelo Estado português. Depois desta curtíssima resenha histórica passemos à perte arquitectónica; como castelo de planície, é um raro exemplar da arquitetura militar proto-românica no país, com vestígios de obras no período gótico e manuelino. De pequenas dimensões, apresenta planta rectangular, em aparelho de alvenaria de pedra rude, tendo sido predominantemente utilizado como alcáçova, isto é residência.
Primitivamente contava quatro torres, uma das quais, a Nordeste, recolhida, e as outras três salientes. Subsistem apenas aquela e a de Sudoeste ,dinamitada parcialmente em 1880; a primeira seria a mais forte, provavelmente com a função de Torre de Menagem, com janela rasgada a pleno centro no segundo registro, remontando ao século XV ou XVI, a avaliar pela configuração das ameias.
Acede-se ao pátio de armas do castelo por um portão em arco rasgado junto à torre Nordeste, abrindo-se nesse pano de muralha quatro frestas no primeiro registro e quatro frestas no segundo. A torre Sudoeste apresenta a Norte duas janelas em arco e a Sul duas frestas e uma janela em arco entaipada, ao lado de janela de recorte quadrado.
Com o passar dos séculos, o castelo perdeu o seu carácter defensivo, confundindo-se com o casario que entretanto foi nascendo dentro dele. Esse facto retirou-lhe o enquadramento histórico necessário, para a apreciação do monumento.. Já que a incúria dos homens permitiu a sua destruição, quer por degradação natural provocada pelos séculos , quer por aproveitamento da sua pedra para construção, aqui deixamos o relato do que chegou aos nossos dias.
1.9.11
Castelo de Santarém

É aceite que a primeira ocupação humana desta zona remontará a um castro ou a uma povoação do século VIII antes de.Cristo. Quanto aos Romanos sabe-se que estiveram neste local desde 138 a.C. e lhe chamaram Scalabis, sendo um importante entreposto comercial no médio curso do rio Tejo . Com a conquista da península Ibérica pelas tropas de Júlio César, no ano 90 a.C., esta povoação passou a ser fortificada e a ter uma guarnição militar permanente, sendo então designada por Praesidium Juliia .
Com a invasão da Hispânia ( península Ibérica sob domínio romano ) pelos povos bárbaros (Alanos, Vândalos), a povoação foi dada a Sunerico no ano 460 dC, para seis décadas depois ser ocupada pelos Suevos. No século VII foi a vez dos Visigodos, altura em que era denominada como Sancta Irena , para no início do século VIII, ser ocupada pelos Muçulmanos que a designavam como Chantirein ou Chantarim. Tanta mistura de povos e culturas por certo deixaram marcas na maneira se ser destas gentes e no seu DNA.
D. João IV (1640-1656), no contexto da Guerra da Restauração, e, mais tarde, D. Miguel (1828-1834), no decurso das Guerras Liberais, promoveram, em cada período, obras de modernização e reforço nas defesas da então vila. Este último serviu-se do castelo da vila como reduto, de Outubro de 1833 a 17 de Maio de 1834.
Chegada a paz e o progresso económico, Santarém foi elevada a cidade em Dezembro de 1868. A exemplo do que aconteceu em outros pontos do país, a expansão da cidade absorveu as suas defesas medievais das quais restam, em nossos dias, apenas remanescentes como o recinto fortificado da Alcáçova, a Porta de Santiago, a Porta do Sol e alguns pequenos troços das muralhas..
Na década de 1990 foram iniciados trabalhos de prospecção visando identificar troços remanescentes das antigas muralhas, bem como consolidação de alguns deles
Como castelo de montanha, possui elementos do estilo românico e do estilo gótico e era primitivamente constituído pelo recinto da alcáçova e pela muralha da vila, defendida por uma barbacã. Também existia uma cerca nos bairros ribeirinhos da Ribeira e do Alfange. A cerca da vila era rasgada por sete portas, designadas pelas sete vias de acesso:Porta de Santiago, de acesso à Ribeira; Porta do Sol, de acesso ao Alfange;Porta da Alcáçova;Porta de Leiria;Porta de São Manços ;Porta de Alporão, de acesso a Marvila; e a Porta de Valada.
Destas portas, restam apenas vestígios das duas primeiras: Um brasão de armas de Portugal, ladeado por uma epigrafia (actualmente mutilada e ilegível) ladeia os restos das ogivas, interna e externa, da Porta de Santiago. Em textos antigos são referidas como fazendo parte do castelo a Torre do Bufo na Alcáçova, a Torre de Manços e a torre de menagem, junto à Alcáçova mas só chegaram aos dias de hoje o recinto junto à Porta do Sol com três torreões coroados por merlões, que se prolonga sobranceiro ao vale do Alfange, na ribeira, integrado por uma guarita seiscentista em um dos vértices; troços de muralha junto à Porta da Traição, no monte sobranceira à Fonte das Figueiras; troços da cerca da vila na escola primária de Marvila (bairro do Pereiro) .o chamado Cabaceiro ou Torre das Cabasçs que mais parece uma construção recente pelos arranjos que lhe fizeram.
Pese embora a desilusão de não se ver um castelo como o idealizamos , uma visita ao jardim da Porta do Sol compensa pelo panorama que dali se avista.
15.3.11
CASTELO DE SILVES

O castelo, como não podia deixar de ser, situa-se no ponto mais alto da cidade, construído em rocha do tipo grés vermelho e próximo das torres da antiga Sé. Destruído parcialmente por vários terramotos acabou por ser recuperado em 1940, ao abrigo das comemorações nacionais da independência de Portugal.
Da sua estrutura fazem parte a Alcáçova que era a zona nobre do castelo, com uma área de 12.000 metros quadrados rodeados por uma muralha contendo duas portas : a principal que dava acesso à cidade (Medina) e outra a norte, mais pequena , de acesso directo ao exterior, a conhecida porta da traição.

As muralhas desta alcáçova são exteriormente reforçadas por onze torres de planta rectangular de concepção diferente, pois duas são albarrãs, isto é, destacam-se do pano de muralha através de um passadiço.
No interior da alcáçova existem duas cisternas, muito provavelmente mouras, uma das quais abobadada, o aljibe, e outra, conhecida por Cisterna dos Cães, muito profunda, havendo quem diga que liga ao rio. Estão em andamento trabalhos de investigação numa habitação muçulmana, quem sabe se o mítico Palácio das Varandas, o Axarajibe..
Como dissemos a porta principal do Castelo abria para a cidade que também era amuralhada. Ainda hoje são visíveis na zona norte e poente algumas torres albarrãs, quase não restauradas. Na Rua Nova da Boavista há duas grandes albarrãs e junto à Câmara Municipal outras três, uma das quais a mais importante porta da Medina, hoje Biblioteca Municipal e outrora a Casa da Câmara.
As Muralhas do Arrabalde envolveriam a parte mais baixa da cidade. Dessa estrutura de material mais pobre resta o conhecido Arco da Rebola (Rua da Cruz da Palmeira).
Completariam este forte dispositivo militar algumas barbacãs e fossos dispostos nos locais mais vulneráveis
12.2.11
CASTELO DE VISEU
Segundo os vestígios descobertos, a povoação da época neolítica que deu origem a Viseu, nasceu no alto do monte onde se situa hoje a Sé. A localização do burgo fez dele um ponto de passagem do norte para o sul, tal como entre o litoral e o interior , daí que, durante a dominação romana, Viseu fosse um centro de grande importância. São prova disso os inúmeros vestígios arqueológicos encontrados na região, de que se destacam moedas, sepulturas, marcos miliários, pontes e principalmente as estradas que para a povoação convergiam em grande número.
São no entanto uns curtos trechos de muralha que permitem hoje recordar a sua anterior grandeza. A explicação do desaparecimento do castelo talvez esteja no facto da cidade não ter sido muito decisiva na luta pela reconquista cristã e, a pouco e pouco, essa acalmia acabar por absorver o castelo e a cerca medievais, aproveitando-se a sua pedra para edificar outras construções, o que foi um erro fatal nas situações de guerra que se seguiram. Com efeito, ao longo do reinado de D. Fernando , Portugal e Castela entraram em conflito por três vezes e Viseu foi atacada algumas vezes, sem grande defesa, até que a paz foi estabelecida, definitivamente, em 1411. Durante o reinado do mestre de Avis, uma nova muralha com sete portas começa a ser erguida , mas só ficou concluída no período de D. Afonso V. É dessa muralha “afonsina” que mostramos um esquema onde estão representadas as portas de soar (1),de S.José (2) , de Stª Cristina (3), de S. Miguel(4) de S, Sebastião (5), dos Cavaleiros (6) e a do postigo (7).

Como a sua importância de reduto militar vai decrescendo, a cidade começa a alargar para fora das muralhas e a fazer-se o desmantelamento das mesmas, para aproveitar a pedra já aparelhada, de tal forma que hoje é difícil reconhecer onde estavam situadas.
Como escreve João Luís Inês Vaz a muralha romana de Viseu é uma estrutura de defesa que datará do século III embora eles tenham fundado a cidade no século I e "traçaram-lhe um perímetro que tinha como limite o seguinte percurso actual: Rua da Regueira (lado norte), hoje Rua de João Mendes, Largo Mouzinho de Albuquerque, Rua do Carvalho, por uma linha direita ao Largo da Misericórdia, Rua do Chão do Mestre, Rua de D. Duarte, Largo de Santa Cristina até à Rua da Regueira (lado sul)".
É talvez do século III um troço dessa muralha e um torreão semi-circular que foi descoberto em Março de 2004 na Rua Formosa, quando decorriam as obras de requalificação daquela via pedonal. Estes vestígios estão agora visíveis através de uma placa de vidro assente ao nível do solo. Como no tempo de D. João I há referências a um castelo em ruínas, pode-se concluir que Viseu não tinha só muralhas , houve na realidade um castelo cuja data de construção é talvez do período da reconquista cristã.
3.10.10
O CASTELO DO PORTO

Continuando a atestar a ocupação da zona, diremos que no Itinerário Antonino ( sec II) aparece a designação de Cale ou Calem para o morro de Pena Ventosa e daí talvez Portuscale que, no primeiro quartel do século XII, era apenas citado como Portus , já que cale designava travessia ou passagem.
Mas houve ou não um castelo ? O que encontramos hoje são restos de dois muros defensivos , ambos medievais , a cerca velha ou sueva e a cerca nova mais conhecida por muralha fernandina. Terá sido sobre os alicerces da fortaleza sueva , arrasada no ano 825 pelo rei mouro Almançor que Moninho Viegas , trisavô de Egas Moniz ( aio de D. Afonso Henriques), teria mandado edificar a cerca velha no período da reconquista. Dentro desta cerca certamente haveria um castelo ou uma torre defensiva, mas dela não há vestígios.
Esta cerca velha existia ainda em 1120 já que , aquando da doação do burgo ao bispo D: Hugo, lê-se no documento mandado exarar por D.Teresa que além do burgo pertenciam ao bispo terrenos extra muros. logo havia uma muralha .Como a cerca velha se situa no morro da Pena Ventosa o castelo deveria situar-se dentro dessa cerca, onde hoje está a Sé.
No que respeita à cerca nova ( muralha Fernandina) diremos : A Muralha Fernandina começou a ser pensada em 1336, quando reinava em Portugal D.Afonso IV, devido à tentativa de invasão do rei castelhano D.Afonso XI.
Era necessário proteger uma cidade, que se tinha expandido para além da Cerca Velha .A muralha, que tinha uma altura de 30 pés (10 metros), ficou terminada no reinado de D.Fernando, daí a designação de Fernandina.O traçado seguia pela margem ribeirinha do Douro até ao limite com Miragaia, subia pelo Caminho Novo, pela Sé e descia pela escarpa dos Guindais até à Ribeira.( foto do texto) Esta muralha envolvia a cerca velha e os seus muros, reforçados por trinta torres, abriam para o exterior por várias portas e postigos. No interior da cerca nova outras cercas havia , delimitando a judiaria e os terrenos administrados pelas ordens religiosas. Em nome do progressivo desenvolvimento urbano a muralha Fernandina começou a ser derrubada no final do século XVII e os seus seculares muros foram sendo submersos pelo casario ou demolidos para a abertura de novas ruas. Para muitos dos edifícios públicos, que foram construídos a partir do séc. XVII, foram aproveitadas as pedras da muralha derrubada. No séc. XIX, a muralha sofreu a condenação final, sendo demolida na sua quase totalidade. O que hoje resta e vemos, é considerado monumento nacional.
Colocámos a hipótese de o castelo ou torre de defesa se ter situado onde hoje está a Sé. Não podemos esquecer que a Sé do Porto é um edifício de estrutura romano-gótica, dos séc. XII e XIII, tendo sofrido grandes remodelações no período barroco (séc. XVII-XVIII). No interior conserva ainda o aspecto de uma igreja-fortaleza com ameias, mas nada garante que a hipótese de ali ter sido a fortaleza .seja correcta
21.4.10
CASTELO DE ALMOUROL

3.4.10
O CASTELO DA LOUSÃ

É também conhecido como castelo de Arouce embora mais distante da actual povoação de Foz de Arouce. A antiga vila de Arouce, junto ao castelo, há séculos que desapareceu, restando hoje alguns pedaços de muros espalhados pela serra e não se sabe em que data foi iniciada a construção da fortificação para a sua protecção.
O documento mais antigo que refere esta povoação de Arouce data do ano 943 e é um contrato entre Zuleima Abaiud, um cristão que vivia no mundo muçulmano(um moçárabe ) e o abade Mestúlio do Mosteiro do Lorvão. Nesse documento é mencionado o topónimo Arauz que deve ter originado Arouçe.
Admite-se que a construção do castelo, ou talvez a sua reconstrução, remonte a 1080, quando a povoação de Arouce foi pacificamente ocupada pelo conde Sesnando Davides, governador da zona de Conimbria (Coimbra), por mandato de Fernando Magno, rei de Leão e Castela que havia conquistado aquela cidade aos mouros em 1064, antes da formação do reino de Portugal. O castelo de Arouce foi reconquistado pelos mouros por volta de 1124, e reocupado e reparado por D. Teresa do condado Portucalense e mãe de D. Afonso Henriques . Já com a formação do reino de Portugal , o castelo fez parte da linha de defesa fronteiriça que era o rio Mondego, juntamente com os castelos de Penacova, Soure, Miranda do Corvo Penela e Ladeia, isto até 1147.
Quando D. Afonso Henriques conquista Santarém e depois Lisboa, a linha de fronteira passa a ser o rio Tejo e o castelo perde importância militar mas continua a ser usado como residência de verão pela rainha D. Mafalda, esposa de D. Afonso Henriques. O castelo e a povoação de Arouce recebem foral em 1151 mas mais tarde , em 1160, um novo documento já fala em Lousã como coisa distinta de Arouce , o que demonstra que a antiga povoação romana voltara a ter população com a pacificação da região, crescendo de tal forma que recebeu foral de D. Afonso II, no ano de 1207.
O castelo, de pequenas dimensões, tem as muralhas reforçadas por três cubelos e uma praça de armas de apenas 130 metros quadrados. O portão de entrada é flanqueado por dois cubelos semi-cilíndricos. O topo das muralhas é percorrido por um adarve, defendido por merlões chanfrados . A torre de menagem é ameada e de planta quadrada e nela se rasga uma porta ogival, ao nível do adarve ,com seteiras do lado oposto e mais duas portas no piso superior. A torre de menagem deve ter sido erguida durante o século XIV em alvenaria de xisto da era Silúrica, como aliás as suas muralhas , dado ser esta a única pedra da região. A excepção é a guarnição da porta da torre de menagem em grés branco..Entre a vertente escalvada e a torre de menagem subsistem restos da galeria da poterna , saída secreta do castelo para algum local do povoado.
Os séculos e o vandalismo provocado pela busca de tesouros iam destruindo o castelo até que em 1939,1942 e 1945 se fizeram trabalhos de reparação . Outros trabalhos pontuais foram executados em 1950,1956,1964,1971 e 1985, permitindo hoje mantê-lo em bom estado, numa rica paisagem florestal.
13.12.09
CASTELO DE COIMBRA






A muito custo conseguimos copiar uma planta do castelo cuja legenda é a seguinte : 1-Torre quinada ou de Hércules 2- Torre de Menagem 3- Porta do Castelo 4- Aqueduto A porta do castelo ficava a umas dezenas de metros do que é hoje a Porta Férrea da Universidade.
26.7.09
CASTELO DE PENEDONO


9.6.09
Castelo de ARNOIA


10.5.09
CASTELO DA FEIRA


14.3.09
CASTELO DE GUIMARÃES


1.2.09
Castelo de LANHOSO


17.12.08


Conforme nos conta Júlio Gil em" Os mais belos castelos de Portugal", os perímetros e da obra adicionada, a coroada, cercam-se de fossos e sobre eles o relêvo em taludes. Paralelo a este existe um segundo recinto, as falsas bragas .Revelins protegem algumas cortinas e portas das muralhas, tendo um ficado em esboço, entre os baluartes de Santa Ana e de S:Jerónimo, a sudoeste da coroada. Além disso possui ainda o baluarte de Santa Bárbara e os meios baluartes de S. José e Santo António., eriçando-se a fortaleza com outros sete baluartes. Duas portas fortificadas , a da Coroada e a do Meio,têm pontes sobre o fosso. Com a guerra da Restauração da Independência,tentaram os espanhóis tomar a fortaleza várias vezes, sendo sempre repelidos. Durante os períodos de acalmia iam-se fazendo novas obras de defesa pois de Espanha "nem bom vento nem bom casamento", obras estas que se prolongaram até meio do século XVIII. Durante as Invasões Francesas as tropas do general Soult chegaram a tomar parcialmente a praça-forte, fazendo explodir a Porta do Sol e bombardeando o resto do complexo com artilharia instalada em Tui. Mesmo assim a fortaleza de Valença manteve-se fora do domínio francês e as tropas de Soult não voltaram a atravessar o rio Minho.
A luta intestina entre D. Miguel e o irmão D.Pedro IV, também deixou marcas nestas velhas muralhas que só deixaram de ter utilidade no início do século XX. Ao findar este século notava-se já, em alguns locais, a necessidade de reparações provocadas pela incúria dos moradores e a ignorância dos turistas que a visitam. A última grande reparação foi feita para as comemorações do Centenário da Independência em 1940. Actualmente há estudos e pequenas obras de conservação que desejamos sejam frutuosas.
1.12.08
