
O conde D. Henrique e a sua mulher D. Teresa que embora filha de Afonso VI de Leão , desejavam a independência do récem criado Condado Portucalense, decidem ir morar para Guimarães (Vimaranes), sendo a primitiva torre defensiva ampliada e robustecidas as muralhas. Muitos anos depois, novas obras são realizadas por D. Diniz e D.João I, sendo hoje ainda visíveis as marcas da alcáçova do século XIV que ocupava dois pisos, bem como as amplas janelas para o exterior e duas lareiras.(ver foto 2)
Três robustas torres se distribuem pelas muralhas bem como torreões de protecção ás portas que foram abertas na cerca. Acima de todas elas a torre de menagem de planta quadrada,forte e com frestas (foto 1). Largos e seguros ardaves ao longo dos parapeitos de ameias pentagonais unem torres e cubelos. O castelo era maior mas , no século XIX , a Câmara Municipal mandou destruir parte da muralha exterior, utilizando a pedra em obras locais, chegando ao cúmulo de ,em 1836, um vereador propor a destruição total do castelo e usar a pedra em obras de pavimentação das ruas. O bom senso ganhou por um voto e por isso hoje podemos apreciar , com orgulho, este castelo. Em oposição ás ideias do século XIX , ao governo de Salazar se deve a reconstrução da quase totalidade dos castelos que se encontravam ao abandono e degradados pelo roubo de pedra aparelhada para construções particulares, fazendo lembrar a destruição do Coliseu romano para edificar palácios. A obra de recuperação geral dos castelos pelo Estado Novo inseria-se nas comemorações do 4º centenário da reconquista da independência de Portugal que, como é sabido ,ocorreu em 1 de Dezembro de 1640.

1 comentário:
Mais uma interessante história agora sobre o Castelo de Guimarães e suas gentes. Há pouco ouvi dizer na televisão que se estava a ponderar a hipótese do D. Afonso Henriques não ter nascido em Guimarães mas não sei em que se baseavam para retomar esse estudo.
Vamos a ver no que é que vai dar.
Um beijinho e parabéns por este seu excelente trabalho
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