A ilha de Páscoa, perdida no meio do oceano Pacífico a 3760 kms do Chile, de início não tinha nome e era o único mundo conhecido dos seus habitantes que, depois de uma chegada enigmática, nunca foram mais além. Depois tomou o nome de Rapa Nui e, nos nossos dias ,ilha de Páscoa, sendo conhecida pelas gigantescas e enigmáticas estátuas como a que vemos ao lado e a que se dá o nome de moai. As primeiras pesquisas sistemáticas sobre a ilha datam do final do século XIX e terão sido feitas por William Judah Thomson que chegou a Rapa Nui em 1886. Este oficial da marinha terá obtido dos anciãos informações detalhadas sobre as suas origens e posterior divisão em dois clãs, denominados "orelhas curtas" e "orelhas compridas ".Na sua investigação contabilizou 555 estátuas e plataformas cerimoniais,além de grutas e testemunhos de arte rupestre. Muito mais tarde,em 1934, o suíço Alfred Métraux fez pesquisas linguísticas e etnográficas bem como aos petróglifos encontrados, tendo estes estudos sido publicados em 1939. Um ano após a publicação destes estudos, Thor Heyerdahl demonstrou que o povo desta ilha teria vindo do Peru e não da Ásia ,como se supunha até então. Por que foi a ilha escolhida para ser habitada, ou quem construiu os enormes moai são perguntas que ainda hoje se colocam.Os moai foram esculpidos na cinza vulcânica endurecida do vulcão Rano Raraku, na ponta nordeste da ilha e depois transportados para a zona costeira. Aí foram colocados em plataformas (ahu) paralelas ao mar e de costas para ele, com a excepção de sete moai que olham para o mar, em Ahu Akivi. Estima-se que tenham sido esculpidos entre os anos 1400 e 1600 depois de Cristo. De tamanhos diferentes ,representam seres humanos das virilhas para cima. A cara tem maxilar inferior robusto, boca fechada de lábios avançados e um nariz proeminente com narinas bem delineadas. As mãos têm longos dedos estilizados apontando para o sexo. Julga-se que representam os sábios do clã ( chefes ou sacerdotes ) ainda em vida e colocados nas plataformas. Quando o retratado morria e era enterrado embalsamado abaixo da estátua, esta transformava-se em moai, pois a pedra absorvia a alma do defunto. Por tal razão, ainda hoje nenhum indígena se encosta ou toca num moai, a não ser naqueles que ainda se encontram nos locais onde foram esculpidos. Pesando toneladas, pergunta-se como foi possível transportá-los de tão longe até ao local onde foram implantados. Em 1993, uma empresa japonesa chegou á ilha para reerguer quinze moai de Ahu Tangaraki que, em 1960, tinham sido derrubados por um maremoto. O trabalho levou três anos pois os guindastes tombavam com o peso. A falta de árvores na ilha leva os arqueólogos a pensar se as gigantescas estátuas não teriam sido transportadas em trenós, rolando em cilindros feitos de troncos de árvores, tal como se pensa ter acontecido na construção das pirâmides incas e egípcias. Ao serem estudados pólens fósseis, alguns cientistas salientam o facto de , há vários séculos, a ilha proporcionar todos os meios de subsistência mas que a excessiva cultura e os incêndias provocados pelas guerras locais destruíram o equilíbrio ecológico, levando os seus habitantes á fome. Outro enigma da ilha é exibido nas paredes e colunas de muitas casas, em pictogramas entalhados na madeira das tábuas e que são indecifráveis ainda hoje. Estes pictogramas representam seres vivos, desde homens a animais marinhos, bem como armas e outros que parecem ser lemes. Embora todos os originais estejam em museus fora da ilha, localmente existem cópias fieis e de uma delas apresentamos a foto a seguir.
Um Parêntesis
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*Hoje vou fazer um parêntesis nesta série de publicações que temos vindo a
fazer sobre a quinta, suas plantas e seus animais. * *[image: Posted by
Picasa]*...
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