15.3.11

CASTELO DE SILVES

Muito embora haja inúmeras opiniões sobre a possível existência de um reduto defensivo anterior ao actual, talvez romano ou mesmo anterior, o que foi confirmado até hoje é a existência de uma muralha construída logo após a conquista árabe ,no séc. VIII, muralha essa quase totalmente oculta. O que existe actualmente remonta quase exclusivamente à ocupação islâmica (séc.XII-XIII), e à época das lutas da reconquista cristã feita pelos primeiros reis de Portugal.
O castelo, como não podia deixar de ser, situa-se no ponto mais alto da cidade, construído em rocha do tipo grés vermelho e próximo das torres da antiga Sé. Destruído parcialmente por vários terramotos acabou por ser recuperado em 1940, ao abrigo das comemorações nacionais da independência de Portugal.
Da sua estrutura fazem parte a Alcáçova que era a zona nobre do castelo, com uma área de 12.000 metros quadrados rodeados por uma muralha contendo duas portas : a principal que dava acesso à cidade (Medina) e outra a norte, mais pequena , de acesso directo ao exterior, a conhecida porta da traição.
As muralhas desta alcáçova são exteriormente reforçadas por onze torres de planta rectangular de concepção diferente, pois duas são albarrãs, isto é, destacam-se do pano de muralha através de um passadiço.
No interior da alcáçova existem duas cisternas, muito provavelmente mouras, uma das quais abobadada, o aljibe, e outra, conhecida por Cisterna dos Cães, muito profunda, havendo quem diga que liga ao rio. Estão em andamento trabalhos de investigação numa habitação muçulmana, quem sabe se o mítico Palácio das Varandas, o Axarajibe..
Como dissemos a porta principal do Castelo abria para a cidade que também era amuralhada. Ainda hoje são visíveis na zona norte e poente algumas torres albarrãs, quase não restauradas. Na Rua Nova da Boavista há duas grandes albarrãs e junto à Câmara Municipal outras três, uma das quais a mais importante porta da Medina, hoje Biblioteca Municipal e outrora a Casa da Câmara.
As Muralhas do Arrabalde envolveriam a parte mais baixa da cidade. Dessa estrutura de material mais pobre resta o conhecido Arco da Rebola (Rua da Cruz da Palmeira).
Completariam este forte dispositivo militar algumas barbacãs e fossos dispostos nos locais mais vulneráveis

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