20.2.12

O QUE É PRECISO É SABER COMO FAZER

Quando andávamos no Liceu aprendíamos uma lei química que dizia ; “ na Natureza nada se cria nem nada se perde, tudo se transforma ! “ Na base dessa lei não me admirei com o título de uma notícia que dizia ser possível transformar os plásticos em combustível.
A ser verdade isso resolveria um grave problema ambiental que já tínhamos focado neste blogue, o das lixeiras de plásticos. Pesquisando na net encontrei o seguinte:
Uma empresa americana desenvolveu uma técnica para reciclar plásticos que os transforma novamente em petróleo e gás natural de que são feitos. O processo usa emissões de microondas especialmente ajustadas para quebrar os polímeros que formam os plásticos em hidrocarbonetos mais simples.
Além de reaproveitar as toneladas de plástico descartadas diariamente na natureza, o procedimento facilita a remoção de metais e outras substâncias embutidas.
Segundo o site da revista científica New Scientist, o processo criado pela Global Resource Corporation (GRC) usa cerca de 1,2 mil freqüências de microondas diferentes. Cada uma delas age em um hidrocarboneto específico, que se transforma em óleo diesel ou gás combustível. A máquina é chamada de Hawk-10 e pode ser produzida em vários tamanhos.
Tudo o que não for hidrocarboneto será deixado intocado, o que inclui metais e silício. Com isso, é possível reciclar também as partes metálicas do lixo tecnológico.
Até aqui o processo parece ser um achado pois nos é afirmado que, alimentando o Hawk-10 com aproximadamente nove quilos de pneus velhos, produz-se 4,5 l de diesel, 1,4 m³ de gás combustível, 1 kg de aço puro e 3,4 kg de resíduo carbónico de alta qualidade que pode ser usado em pigmentos.
Embora produza óleo diesel e por isso não colabore directamente para reduzir a emissão de CO2 na natureza, a técnica cria uma nova fonte de energia baseada em lixo e ainda reduz a necessidade de aterros sanitários para depositar os dejetos tecnológicos.
Mais, segundo o site consultado, a máquina é capaz de se auto-alimentar com o próprio gás que produz, é 100% livre de emissões e não produz nenhum resíduo poluente. O próprio CO2 produzido na queima do gás é realimentado para a entrada e reprocessado.
Além do benefício ambiental e dos ganhos com produção de energia e reciclagem de metais, o processo pode reduzir custos operacional em actividades que produzam lixo tecnológico em grandes quantidades. O site oficial da empresa é http://carbonrecovery.com.
Como não há fartura que não dê em fome ,continuei a visitar sites sobre o tema e encontrei este assinado por BRUNO REZENDE
Há alguns dias tenho acompanhado a publicação desta notícia em importantes sites de meio ambiente, trata-se da invenção de uma máquina da empresa japonesa Blest Company. Segundo Akinori Ito, executivo da empresa, a máquina é capaz de transformar 1 kg de plástico em 1 litro de óleo combustível gastando apenas 1 KW de electricidade.

Bom, a história é bonita o suficiente para deixar uma pulga atrás da orelha. Estranhei que nesta semana a notícia tenha se espalhado por aqui como se fosse a invenção do século. Após uma pesquisada rápida na internet achei alguns sites do Japão e outros países citando o protótipo deste projecto desde 2007. Depois entendi porque só nesta semana a notícia se espalhou pelo mundo, a equipe de marketing da empresa actuou, pois a máquina começou a ser comercializada recentemente. A única diferença da máquina de 2007 para a de 2010 é que conseguiram reduzir o tamanho e peso, apenas 50 kg. Outro ponto importante, e não divulgado por aqui, é que a máquina ainda não é capaz de transformar o politereftalato de etileno (PET) em combustível, ou seja, vamos ter que continuar fazendo artesanato com as garrafas.

A proposta desta máquina é interessante e obscura. Interessante porque se cada pessoa tiver em sua casa uma máquina dessas poderá reciclar o lixo plástico, reduzindo o desperdício em lixeiras, além de ter uma mini refinaria para produzir seu combustível. Já o lado obscuro desta máquina se resume em sua existência, pois o plástico é necessário para a máquina cumprir sua função, portanto esta máquina se apresenta como uma forma subliminar de defesa para não reduzir o volume de produção de plástico no planeta. Resumindo: se o plástico acabar a máquina não funciona. Com certeza o senhor Akinori não quer isso. Mas esqueceram de o avisar que a produção de plástico consome recursos e polui, sem contar o CO2 que esta máquina deixa de emitir não representa nada perto do que foi emitido lá na fábrica de plástico.

Fica a pergunta :, não seria mais fácil reduzir o uso do plástico ou investir em programas de recolha selectiva e reciclagem ao invés de comercializar esta máquina?Muitos podem discordar, mas vejo esta invenção apenas como um paliativo ambiental cujo real interesse é puramente comercial.

O Sr Bruno Rezende tem alguma razão no que afirma mas a ideia não é de deitar fora se em vez de máquinas de reciclar domésticas se construírem enormes maquinas profissionais nas estações de reciclagem de lixos.
Termino como comecei Nada se ceia nem nada se perde, tudo se transforma. O que é preciso saber como FAZER

Sem comentários:

Arquivo do blogue