6.1.12

SERÁ ISTO O FUTURO ?



Baterias na roupa
Que a electrónica tem evoluído muito e tem transformado, a cada dia que passa, a nossa maneira de viver é um dado adquirido que ninguém refuta. Telemóveis, relógios de pulso que recebem televisão, GPS cada vez mais sofisticados, câmaras de vídeo e fotográficas digitais e em miniatura , tablets , etc são tão corriqueiros que nem nos perguntamos que tecnologia electrónica usam para serem objectos tão complexos e tão pequenos no tamanho..
A cada dia que passa, são cada vez mais os produtos que incorporam partículas concebidas em laboratório, partículas essas vinte e cinco mil vezes mais pequenas que a espessura de um cabelo. É a nanotecnologia . A manipulação da matéria à escala do átomo permite desenvolver aplicações alucinantes como o caso que hoje vos apresento.
Cientistas da NASA, nos Estados Unidos, idealizaram um nanogerador que consegue extrair energia eléctrica das vibrações produzidas pelo nosso corpo quando em movimento. Desta forma estão a desenvolver roupas capazes de fornecer electricidade a pequenos gadgets, isto é, pequenos aparelhos ou, para ser mais preciso, pequenas engenhocas.
Também já foi construído um cabo com nanotubos metálicos que conduz electricidade praticamente sem perdas, mesmo ao longo de grandes distâncias, o que acabaria de vez com as actuais redes eléctricas de cobre Também se estudam placas solares de nanotubos extremamente finas e flexíveis , sendo os nanotubos aplicados de forma parecida a um aerossol, o que transforma qualquer superfície exposta ao sol num gerador de energia .
Voltemos, no entanto, ao título desta mensagem : Energia do movimento em baterias
Todo o movimento realizado pelo corpo é convertido em energia, que é armazenada nos nanofios e usada para os mais diversos fins, desde iluminação no espaço sideral onde não há luz solar, até mesmo para carregar o telemóvel no seu bolso, enquanto caminha. Os cientistas afirmam que o óxido de zinco utilizado nos nanotubos é barato e possui propriedades piezo eléctricas , isto é, quando o material sofre pressão pelo atrito, uma diferença de potencial é criada, podendo assim ser armazenada a energia durante a rotina diária.
A ideia é que o material seja usado como apoio energético extra para robots e astronautas em missões interplanetárias, logo ideia, interessante para a NASA. Um cientista afirma: “As pessoas estão desperdiçando energia o tempo todo ao andar ou mover os braços e como não se pode evitar esta perda, o melhor é capturá-la e carregar uma pequena bateria”. Não podemos esquecer que qualquer forma de energia se pode transformar noutra o essencial é saber como fazê-lo.
Como é evidente o projecto ainda não está em produção para o público , já que são precisas maiores pesquisas para que os nanofios sejam viáveis em diversas aplicações ou usos. A verdade é que o óxido de zinco é capaz de reter mais de dez vezes a carga do lítio hoje usado em baterias, ou seja, o projecto parece ser um tanto quanto promissor.
Neste mundo em que vivemos , de visionários, para não os apelidar de loucos, a luta entre laboratórios de pesquisa é enorme, senão vejamos; Cientistas do MIT descobriram como usar um vírus comum para desenvolver materiais a serem utilizados numa nova geração de baterias recarregáveis de iões de lítio com alto desempenho.
A principal vantagem dessa biotecnologia é que as baterias serão flexíveis o suficiente para serem incorporadas na roupa, com as vantagens atrás descritas .
Teoricamente, essas baterias terão perda mínima de potência quando sem uso e suportarão um número de ciclos de carga e descarga muito superior às actuais.
O vírus, chamado bacteriófago M13, é um vírus filamentoso, composto de 2.700 cópias de uma proteína externa (pVIII), e é muito fácil de ser modificado genética e quimicamente. O M13 infecta bactérias mas é inofensivo para os seres humanos.
Será que o meu leitor já se imaginou, daqui a uns anos , a andar pela casa de noite sem necessitar de acender as luzes, só porque a roupa que usa vai fornecendo energia a uma lâmpada de LEDS ou de outro tipo qualquer que venham a inventar, transformando-se assim em pirilampo gigante ?

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