1.8.11

QUIMIOSSÍNTESE


Todos normalmente sabemos que as plantas , por possuírem clorofila, conseguem fabricar a matéria orgânica de que são constituídas, por intermédio da energia solar, isto é, fazem fotossíntese.
Recordemos o que é este fenómeno : a fotossíntese é o processo através do qual as plantas convertem a energia da luz em energia química , transformando o dióxido de carbono (CO2),e a água (H2O) , em compostos orgânicos (CHO) e em oxigénio gasoso (O2). A luz do sol é absorvida pelas folhas das plantas através da clorofila,
Por este processo fotossintético as plantas produzem o seu próprio alimento, constituído essencialmente por açúcares como a glicose..
A equação simplificada do processo é como se segue : 6 H2O + 6CO2 → 6O2 +C6H12O6.
A fotossíntese é um processo , em que a planta acumula energia a partir da luz para uso no seu metabolismo, formando moléculas de ATP (adenosina tri-fosfato) a base energética das células dos organismos vivos.
No entanto na natureza nem tudo é linear e há outras formas de fabricar moléculas orgânicas sem necessidade de energia captada do Sol.
Alguns tipos de bactérias têm a capacidade de obter energia através da oxidação de substâncias inorgânicas e usam essa energia para fixar dióxido de carbono, produzindo assim compostos orgânicos. Fazem QUIMIOSSÍNTESE

Estas bactérias produzem os compostos orgânicos, utilizando como fonte de energia a oxidação de amoníaco (NH3), ou ado dióxido de carbono (CO2) ou do sulfureto de hidrogénio (H2S). Dizendo de outra maneira : há organismos que vivem em ambientes, tais como fumarolas, águas termais ,vulcões submarinos,etc que seriam mortais para animais e plantas que respiram oxigénio.
Este processo pode ser considerado uma alternativo à fotossíntese. na medida em que conduz à produção de compostos orgânicos. Tal como na fotossíntese, na quimiossintese é possível distinguir duas fases: uma fase de produção de ATP e NADPH. Durante esta fase, ocorre a oxidação de compostos minerais como NH3 (amoniaco), CO2 (dióxido de carbono) e H2S(ambiente sulfuroso). Esta oxidação permite a obtenção de protões e electrões que são transportados ao longo de uma cadeia, no sentido de produzir ATP e reduzir o NADP+ a NADPH;
uma segunda fase, onde ocorre o ciclo das pentoses e, tal como na fotossíntese, produzem-se compostos orgânicos a partir do dióxido de carbono absorvido, do poder redutor do NADPH e da energia contida no ATP, gerados na primeira fase.
Existem diversos tipos de bactérias capazes de realizar a oxidação de compostos minerais para obtenção de energia, podendo destacar-se as bactérias sulfurosas, as bactérias ferrosas e as bactérias nitrificantes do solo.
Sabe-se, actualmente, que este processo de autotrofia (fabrico do próprio alimento) está na base de diversos ecossistemas associados a fontes termais dos riftes oceânicos, onde não chega luz e, por isso, a fotossíntese não pode ocorrer. Contudo, nestes lugares, aparentemente hostis, a vida desenvolveu-se e evoluiu de tal forma que, hoje, é possível encontrar aí uma notável diversidade biológica. Perante estes factos será lícito pensar existir vida em planetas do nosso sistema solar onde a atmosfera está carregada de ácidos sulfurosos ou azoto que seriam mortais para o ser humano.

1 comentário:

Unknown disse...

Já sabemos que viemos das estrelas, e que somos matéria estrelar em evolução...
Já sabemos que todos os seres são condicionados a ter que sobreviver a qualquer custo...
Já sabemos que somos condicionados a querer passar os nossos genes aos nossos filhos...
Já temos consciência de que a única coisa eterna no nosso Universo é a mudança, e de que é preciso se adaptar ao ambiente em que vivemos...
Já sabemos que somos o Universo tentando compreender a si mesmo, e tentando assumir o controle do seu próprio destino...

Além de toda a história da vida humana, (e suas cerca de 40.000 gerações), ter acontecido no ultimo minuto do nosso “Calendário Cósmico”; e o nosso Big Bang ser um fato real, onde um minúsculo universo se expandiu para o universo em que vivemos, as versões da ciência substitui com vantagem as versões propostas pelas primitivas mitologias religiosas.


A “Hipótese Gaia” de James Lovelock propõe que tanto a atmosfera, como a criosfera, a hidrosfera, e a litosfera, são integrados de modo a formar um complexo sistema interagente que mantêm as condições climáticas e biogeoquímicas, preferivelmente em homeostase.

Graças à quimiossíntese, junto das fontes hidrotermais há um verdadeiro oásis de vida, onde os seres das fontes hidrotermais vivem num gradiente químico, e desenvolvem adaptações para sobreviver nesses ambientes.

Suas moléculas são adaptadas e diferentes da vida que se conhece.
E na fábrica de matéria orgânica, os organismos usufruem o que são arrastados pelas correntezas.
Pois se trata de um processo em que os microorganismos e as bactérias utilizam a energia química para produzir matéria orgânica, a partir do dióxido de carbono.

Arquivo do blogue