14.8.08

O FUTURO

Um enorme número de investigadores e especialistas de todas as ciências procuram prever o que será o futuro da humanidade, como irá evoluir a ciência e que níveis poderá atingir o conhecimento humano. Já em 1964, Nikolai Kardashev tinha criado uma escala para avaliar a evolução tecnológica de uma civilização, baseada na quantidade de energia que tivesse á sua disposição. Segundo essa escala, o grau I pertenceria á civilização que aproveitasse toda a energia própria do seu planeta, controlasse o clima, cultivasse os oceanos e explorasse o seu sistema solar. As do grau II conseguiriam colonizar outros sistemas solares, usando a energia das estrelas. As de grau III, usariam a energia das galáxias e manipulariam o espaço-tempo a bel-prazer. Nesta escala estaremos hoje no grau 0,7, pois entre os avanços tecnológicos necessários para atingir o grau I, estarão a produção barata da antimatéria, a produção de energia por fusão nuclear, a inteligência artificial e a utilização de nano tecnologia. Alguns dos pressupostos atrás enunciados estão a ser desenvolvidos, embora dando ainda os primeiros passos. Raymond Kurzwell vaticina que, nos próximos 25 anos, os computadores atingirão a capacidade e subtileza do cérebro humano, isto é, teremos a inteligência artificial, que acabará por conduzir à fusão do ser humano com a tecnologia que desenvolveu. As inteligências não biológicas terão capacidade de reinventar outras, avançando tanto que teremos de melhorar a nossa artificialmente para não ficarmos para trás.. Isso seria feito á custa de nano-robõts interagindo directamente com os nosos neurónios. Também a NASA tenta encontrar planetas extra-solares, parecidos com a Terra e que possam ser colonizados . Michio Kaku , físico americano, considera que, teoricamente, não há nada que nos impeça de viajar no tempo. Para tal, será só necessário criar e manter um pequeno buraco negro que agiria como porta entre duas regiões do espaço-tempo. O único óbice será a quantidade quase infinita de energia para o manter, pelo que deverão passar vários milénios antes de a saber obter. Se nos voltarmos para o teletransporte que todos conhecemos da série televisiva Star Trek diremos que, em Junho de 2004, uma equipa de investigadores de Innsbruck anunciou ter conseguido transferir, de forma autónoma, estados quânticos entre átomos fisicamente isolados,o que é ainda imensamente longe de transportar uma simples molécula . Na altura este pequeno avanço foi considerado útil para desenvolver computadores ultra rápidos, enviando e recebendo informação de forma instantânea . Michiro Kaku pensa que as impossibilidades actuais de atingir o grau I poderão estar resolvidas dentro de dois séculos. Até lá fazemos votos de que a Humanidade consiga sobreviver como espécie natural .

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