- Este blog é dedicado aos meus antigos alunos e a quem goste de aprender.
Uma equipa liderada pelo investigador portugês Ivo Martins descobriu (2007) que certas gorduras podem activar no cérebro as placas de proteínas características da doença e que o metabolismo lipídico pode contribuir para a sua progressão. " Antes do nosso trabalho as placas eram vistas como relativamente inócuas,o último estágio da doença mas mostrámos que são bombas-relógio prontas a serem activadas ao interagirem com gorduras" ,explicou Ivo Martins do Instituto Biotecnológico da Flandres. Até agora considerava-se que as fibrilas e as placas que estas causavam, eram estáveis e que não podiam transformar-se noutra estrutura. Os cientistas demonstraram que certos lípidos que aparecem no cérebro podem desestabilizar as fibrilas e por conseguinte, as placas típicas da doença de Alzheimer .
ULTRA LIGEIRO QUE POUSA EM TODO O LADO
Pousa em terra ,na água e na neve este avião Akoya da construtora francesa Lisa Aeroplanes sendo um ultraleve com características de um avião de aterragem e descolagem curtas e de hidroavião. O segredo é possuir skis retrácteis junto ao trem de aterragem e de uma asa rígida em carbono acompanhada de uma aleta suplementar, podendo assim aterrar e descolar em apenas 100 metros. A bordo dois ou quatro passageiros gosam de uma visão panorâmica de 180 graus o que agradabiliza a viagem. Com uma autonomia de 1500 Kms o aparelho desloca-se sem problemas a uma velocidade de 300 kms/h. Tem uma fuselagem de materiais compósitos e foi concebido para amortecer as vibrações das rajadas de vento. O ultraleve está ainda equipado com um paraquedas exclusivo que assegura uma chegada ao solo sem problemas ,em caso de avaria.Na compra do Akoya está incluído um brevet de pilotagem e ainda um curso de treino em neve e água.Comercializado a partir do fim de 2008 terá depois uma versão eléctrica ,alimentada por paineis solares e pilhas de hidrogénio. Quanto ao preço a brincadeira de 300.000 €.
A HISTÓRIA DO BETÃO
Este material de construção fabricado a partir da areia e cascalho aglomerados por um cimento é conhecido desde há 2000 anos. Vitruve,arquitecto do século 1º antes de Cristo, lembra que os Romanos tinham descoberto desde os anos 80 AC o ancestral do betão : um cimento capaz de endurecer pela acção da água ( cimento hidráulico) que os artesãos misturavam com os calhaus. Para obter este cimento os romanos misturavam cal com cinza vulcânica do Vesúvio ,a pouzulana . Este material foi usado durante séculos como ligamento das pedras, permitindo a realização de aquedutos, templos e outros monumentos notáveis pelo seu tamanho em altura. Muito embora o segredo do fabrico do cimento romano se tenha perdido , durante a Idade Média os pedreiros das grandes catedrais construiram-nas em pedra ligada por argamassa, uma mistura de areia e cal.. Será preciso esperar por 1729 para que o eng. francês Bernard Forest de Belidor rebaptize , de betão, o cimento romano. A receita, á base de calcários cozidos a mais de 1000 graus centígrados,será redescoberta em 1796 pelos ingleses Parker e Wyatt .Esta solução ancestral é aperfeiçoada em 1818 pelo engenheiro de pontes Louis Vicat ,com uma mistura de calcário e argila aquecida a 1200 graus centígrados e posteriormente misturada com areão e água dando, ao secar, o nosso betão moderno.
Em 1845 , o inventor francês Lambot teve a ideia de associar ao cimento fresco uma estrutura de ferro, afim de obter um material mais resistente às compressões e tracções ; tinha nascido o " cimento armado "que apresentado na Exposição Universal de Paris em 1855 teve enorme sucesso.Em 1892 é construído em Paris o primeiro edifício em betão armado, cuja foto reproduzimos ao lado .
Depois do final da 2ª Grande Guerra , a necessidade de reconstruir ,o mais ràpidamente possível ,as cidades bombardeadas,leva á construção de apartamentos em vez de casas e a pedra cede lugar ao betão armado com prédios de vários pisos.
O betão pronto a usar, ou em pré-fabricado, é o material de construção mais usado no mundo,depois do aço e da madeira. O sucesso é explicado pelo seu preço, 100€ o metro cúbico ( em França) contra os 600 € de igual volume de madeira para construção.Este baixo custo explica-se porque os constituintes básicos são fáceis de obter e sobretudo às características que possui: boa resistência á compressão,durabilidade superior a vários milénios, sem esquecer as qualidades de isolamento térmico e acústico. Sofre, no entanto, de dois defeitos: Tem uma forte densidade (2400 Kg/m3) e oferece uma resistência á tracção inferior á das rochas naturais,sendo este "handicap" compensado pelo betão armado.
O betão armado ,constantemente actualizado por novas técnicas, como é o caso do betão fibroso(1997) com altíssima "performance", contém microfibras metálicas ou sintéticas de diâmetro superior a 50 micras o que lhe confere propriedades de resistência á flexão semelhantes á do aço.É usado na construção de obras de arte de extrema leveza arquitectónica como pontes e viadutos modernos.
Nos próximos anos, produtos mais resistentes á corrosão e respeitadores do ambiente deverão chegar ao mercado, já que no fabrico do cimento, para além do grande consumo de energia há a contar com forte produção de CO2, avaliado em 5% das emissões mundiais.
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