22.4.11

PONTE DE ALCÂNTARA



Quem atravessa o rio Tejo em Espanha junto à cidade de Alcântara encontra uma magnífica obra de arte romana mandada construir pelo imperador Trajano por volta do ano 104 , No entanto o nome Alcantara (Al Quantarat) vem da época da ocupação muçulmana pois em árabe quer dizer “ a ponte”. Fazia parte da via romana que ligava Norba (actual Cáceres -Espanha) a Conímbriga em Portugal).
É formada por seis arcos numa distância de 194 metros de comprimento e oito de largura; a parte mais alta mede 57 metros, se não contarmos com o Arco do Triunfo construído a meio , o que lhe acrescenta mais 14 metros na altura.
O arco do triunfo é dedicado ao Imperador Trajano, A inscrição numa placa em mármore diz: "Imp. Caesari. Divi. Nervae. F.Nervae Traiano. Aug. Ger. Dacio. Pontif. Max. Trib. Potest ; VIII Imp. V.Cos V. P.P.". (Ao Imperador Cesar Nerva Trajano Augusto, filho do divino Nerva, Germânico, Dácico, Grande Potífice, Tribuno revestido da Oitava Potência, saudado Imperador pela Quinta vez, Pai da Pátria).
Toda em granito, com as pedras cortadas de modo a encaixarem sem necessidade de argamassa é uma magnífica obra de arte que teve em conta as violentas enchentes do Tejo, o que explica sua altura excepcional. O seu construtor deverá ter sido Caio Júlio Lacer que deixou escrito na pedra uma frase em latim que quer dizer : ponte que durará para sempre. No entanto ,por várias vezes alguns arcos foram destruídos para evitar invasões, tendo sido finalmente restaurado em meados do século XIX.
Numa das entradas há um pequeno templo dedicado ao Imperador Trajano que foi transformado em capela pelos cristãos e hoje é conhecido como Capela de São Julião.
A ponte está situada estrategicamente , pois cruza um profundo canhão escavado pelo rio. Este ponto estratégico foi fortificado pelos romanos daí que na margem esquerda do rio se tenha formado uma praça de armas ainda mais fortificada .

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