2.7.10

FÓSSEIS

Por definição, um fóssil é um vestígio ou resto de ser vivo ( animal, planta ou outro ) que ficou preservado em rocha sedimentar ou em âmbar. As rochas sedimentares onde se encontram os fósseis são contemporâneas desses seres vivos, isto é, têm a mesma idade. Quando os fósseis se encontram em rochas metamórficas eles são contemporâneos das rochas sedimentares que deram origem às rochas metamórficas.Os seres vivos do passado podem ser preservados como partes de corpo ,impressões, moldes, rastos e pegadas. O estudo dos fósseis permite conhecer o passado (paleo). daí que a ciência que a eles se dedica se designe por Paleontologia .A formação de fósseis é um fenómeno frequente, havendo inúmeros vestígios fossilizados desses antigos seres vivos, incluindo mesmo restos orgânicos delicados, tudo dependendo das condições em que a fossilização ocorreu. É certo que a conservação de matéria orgânica é um facto raro mas, pelo contrário, as partes esqueléticas duras como conchas, carapaças, dentes e ossos são muito abundantes. Em qualquer das circunstâncias, para que os restos de um organismo fossilizem é fundamental que estes sejam rapidamente cobertos por sedimentos ( lodos,areias , argilas,resinas) e que fiquem ao abrigo do ar. Convém esclarecer que só os vestígios ou restos de organismos com mais de 11.000 anos serão considerados fósseis. Este limite é baseado na data em que ocorreu a última glaciação e, dessa forma, os fósseis mais modernos serão designados por subfósseis. Os fósseis podem ser classificados em dois grupos básicos : somatofósseis e icnofósseis . Os primeiros são constituídos por restos do corpo (soma) dos organismos como, por exemplo, dentes,esqueletos, carapaças, folhas, conchas, troncos,etc , enquanto os segundos serão formados pelos vestígios da actividade biológica e incluem pegadas, escrementos (coprólitos), túneis, e cascas de ovos. As diferentes formas, sob as quais aparecem os fósseis,devem-se aos vários processos de fossilização que ocorrem após o subterramento, sendo o mais frequente a fossilização por mineralização. Este processo, vulgarmente chamado de petrificação, consiste na substituição dos restos orgânicos por matéria mineral, ou a formação de um molde desses restos. Acontece quando o organismo é coberto rapidamente por sedimentos após a morte ou após o processo inicial de decomposição. O grau de deterioração do organismo, no momento em que é recoberto, determina os pormenores apresentados pelo fóssil: alguns são apenas partes de esqueletos ou dentes enquanto outros mostram as penas ou tecidos moles.Os sedimentos que cobriram os seres acabam por se compactar lentamente, formando as rochas sedimentares, e os restos orgânicos dos seres vivos que nelas ficaram aprisionados, podem ser lentamente substituídos por outra substância mineral. Como exemplo ,diremos que o carbonato de cálcio dos ossos poderá ser substituído por sílica dos sedimentos. Mas não há só fósseis de mineralização dos restos orgânicos, pois já dissemos que os sedimentos podem produzir fósseis do tipo molde, quer ele seja um molde externo ou interno. Um molde de fóssil é formado devido aos fluidos infiltrados através dos sedimentos que dissolvem os restos do organismo, criando um espaço na rocha com a forma desse organismo. Se o espaço criado for preenchido, posteriormente, com mais sedimentos minerais, forma-se o fóssil molde. A figura que apresentamos a seguir mostra um fóssil do tipo molde interno. O que vemos são os sedimentos petrificados que encheram o interior de uma concha de forma helicoidal, depois das partes moles terem desaparecido. Posteriormente , os fluidos de circulação dissolveram o material de que era formada a concha, restando apenas os ditos sedimentos internos petrificados.
Vejamos agora os fósseis designados de conservação. Animais como os insectos , aracnideos ou pequenos répteis podem ficar presos em resina ou âmbar de certas árvores do passado, permanecendo intactos durante muitos milhares de anos. Estes fósseis que podem ser encontrados em rochas sedimentares designam-se de conservações totais. Um exemplo raríssimo de um grande animal fossilizado em conservação , são mamutes nas turfeiras da Sibéria.Conservados pelo frio do gelo, estavam em tão bom estado que foi possível analisar o tipo sanguíneo e o que tinham comido antes de morrerem. A figura anterior mostra um fóssil conservação de um insecto.
Podemos ainda encontar os chamados pseudofósseis que,como o nome indica, não são fósseis nem devem ser tratados como tal. São apenas produtos geológicos que fazem lembrar estruturas orgânicas fossilizadas como é o caso das dendrites. Estas são precipitações inorgânicas de minerais dissolvidos na água , e que lembram fósseis de impressão de plantas. (Ilustramos o que dissemos com a foto anterior).Também devemos excluir da paleontologia os designados fósseis vivos que mais não são que organismos actuais vivos e únicos representantes de grupos que foram abundantes e diversificados no passado da Terra. Os organismos actuais apelidados de fósseis vivos apresentam,muito frequentemente, os aspectos morfológicos dos seres do passado, preservados sob a forma de verdadeiros fósseis. Um exemplo muito conhecido são os peixes da espécie Latimeria chalumnae, descoberta em 1938 nos mares da África do Sul e conhecidos como Celecantos, grupo de que só há fósseis.Estudando os fósseis e comparando-os com os seres actuais, os cientistas descobriram a linha evolutiva que muitos animais e plantas tiveram através dos tempos. Quanto ao tipo de informação que um fóssil fornece ,podemos falar em fósseis de idade e fósseis de fácies.Os primeiros, são grupos de fósseis com a mesma idade geológica que datam e caracterizam os estratos onde se encontram. Se os mesmos fósseis de idade se encontrarem em rochas distanciadas milhares de quilómetros, podemos garantir que essas rochas, embora distantes, têm a mesma idade.Os fósseis de facies ou de ambiente , pelo seu lado, dão a conhecer o ambiente em que a rocha se formou. Por exemplo: o fóssil de peixe que surgiu no calcário( ver foto acima) mostra-nos que aquela rocha calcária se formou numa bacia marinha, embora hoje possa estar muito acima do nível do mar e até dele afastada. Recapitulemos então o que já dissemos : Um fóssil é um resto ou vestígio de um ser vivo do passado. Processo de fossilização é o conjunto de transformações( normalmente mineralização) que os seres vivos ou os seus restos experimentaram a seguir á sua morte e ao seu soterramento no solo. Segundo a natureza do corpo, do sedimento onde se conserva e das águas de infiltração que o atravessam, a fossilização realiza-se por vários processos, que voltamos a recordar: lº- conservação ,parcial ou total, neste último caso designada de mumificação, que ocorre no âmbar ou nos desertos onde os cadáveres ficam desidratados;2º- mineralização, em que substâncias minerais como a sílica, carbonato de cálcio, óxidos de ferro ou qualquer outra substância dissolvida podem substituir ,pouco a pouco, os constituintes originais do ser; 3º-incrustação ,em que precipitações de carbonato de cálcio envolvem(incrustam) o organismo como é vulgar nas plantas aquáticas. (Mostramos a seguir um fóssil por incrustação)
4º-moldagem, em que o corpo do animal ou vegetal desaparece completamente mas deixa na rocha um molde; 5º- incarbonização, processo frequente nas plantas, em que a matéria orgânica, ao abrigo do ar, se vai enriquecendo progressivamente em carbono; 6º- marca ou impressão, quando ocorre a conservação de vestígios dos seres vivos, como pegadas, marcas de folhas etc ; A figura seguinte mostra a impressão de folhas num xisto, a que se juntou, para termo de comparação, folhas reais de uma planta da mesma espécie que ainda vive nos nossos dias .
O grande interesse do estudo dos fósseis reside na datação das rochas e na observação da evolução das espécies usando-se, como já dissemos, os fósseis de idade, que tem que obdecer a dois requisitos simultâneos : a) Um curto período de duração da espécie( poucos milhare de anos ) b) Uma grande distribuição geografica, isto é ,que tenham vivido em zonas distantes umas das outras no do nosso planeta. A ampla distribuição presupõe que as espécies tenham possuido uma grande capacidade reprodutiva, para que se encontrem vários exemplares no mesmo local.È o caso das trilobites marinhas que mostramos a seguir. A terminar mostramos um quadro de fósseis característicos ou de idade e fácies

4 comentários:

Anónimo disse...

ESTE SITE É UM GRANDE PORCARIA!!!

Anónimo disse...

isto é uma merda

Anónimo disse...

o sate e o o melhor do mundo eu amoooo o

Anónimo disse...

adoro-o seta mao ema merda
<3v <3 <3 <3 <3

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