LÂMPADAS DE BAIXO CONSUMO
Poupança de electricidade ou a saúde ?
Há tempos, jornais e televisões noticiavam com pompa e circunstância o seguinte: As velhas lâmpadas tradicionais podem ter os dias contados.Tudo graças á concorrência das sofisticadas luzes fluorescentes actuais,que ganharam um novo brilho com a introdução de vários componentes electrónicos modernos permitindo uma maior poupança de energia e mais qualidade luminosa. Como todas as belas têm um senão, vamos tentar esclarecer o assunto: PREÇO Uma lâmpada fluorescente custa entre quatro a doze euros enquanto uma encandescente oscila entre 40 cêntimos e 2 euros mas, a longo prazo , o consumidor fica a ganhar se optar pela mais cara. Ao fim de um ano as lâmpadas fluorescentes poupam mais de cinco euros relativamente ás tradicionais. Isto porque as lâmpadas incandescentes perdem cerca de 80% da energia que consomem sob a forma de calor, enquanto nas modernas fluorescentes a energia que consomem é quase toda convertida em luz . DURABILIDADE Uma lâmpada incandescente dura cerca de mil horas, enquanto as fluorescentes podem ir até 15.000 horas. COMPETITIVIDADE As vantagens das actuais lâmpadas de baixo consumo ficam a dever-se aos componentes electrónicos inseridos no seu casquilho. Antigamente, um dos pontos fracos das fluorescentes era o facto de piscarem quando se ligava o interruptor pois o arrancador demorava algum tempo a estabilizar. Com estas novas lâmpadas a luz acende-se quase de imediato e a qualidade da luz também é melhor . FUNCIONAMENTO A lâmpada de baixo consumo é a velha lâmpada fluorescente modernizada: a corrente eléctrica de nossas casas faz com que a fluorescente acenda e apague 100 vezes por segundo, mas as novas ,com os componentes electrónicos que possuem, fazem com que o número de disparos luminosos suba para milhares por segundo, resultando daí melhor qualidade de luz. No polo positivo de cada tubo,existe um filamento de tungsténio que ,aquecido, produz electrões e como a tensão entre os dois bornes é de 2.000 volts, forma-se uma faísca. Esta vai vaporizar o mercúrio dentro da lâmpada. Quando a tensão volta a descer estabelece-se uma corrente de electrões que acaba por ser em vaivem ,dentro do tubo. Este movimento de electrões em contacto com os átomos de mercúrio vaporizado, produz radiação ultravioleta. A radiação UV ao atingir o revestimento fluorescente do vidro do tubo faz a lâmpada brilhar com luz visível. LADO NEGATIVO:
Dissemos atràs que todas as belas tinham um senão e é esse lado negativo que vamos analisar: A Agência para o Ambiente, no Reino Unido, está preocupada com os potenciais riscos para a saúde e para o ambiente provocados pelas lâmpadas de baixo consumo. Segundo os toxicologistas estas lâmpadas contêm seis a oito miligramas de mercúrio, quantidade não passível de colocar em risco o consumidor ,mas se uma destas lâmpadas se partir em casa, deve sair do compartimento durante 15 minutos, pois o mercúrio, quando inalado, tende a acumular-se nos tecidos do cérebro e é nocivo a partir de determinada quantidade. As autoridades avisam também que os fragmentos da lâmpada não devem ser recolhidos com aspirador, mas com luvas de borracha, e que as pessoas devem ter cuidado para não inalar o pó libertado. O material deve ser guardado num saco plástico e entregue ás autoridades.O que acontecerá quando milhões destas lâmpadas terminarem o seu tempo de vida e forem parar às lixeiras? Contaminação dos solos e aquíferos! Mas há mais ! Pessoas que têm estudado estas lâmpadas, como é o caso de Mário Portugal Leça Faria , diz-nos :Para que estas lâmpadas funcionem existe no seu casquilho um circuito electrónico que, por não ter ligação á massa, irradia uma frequência supersónica de 40.000 Hz. Esta frequência não audível ,perto da minha cabeça, provocava-me insónias e dores de cabeça..A própria Associação Contra as Dores de Cabeça , em Inglaterra ( Migram Action Association) atribui a estas lâmpadas as dores de cabeça em algumas pessoas ,bem como riscos de epilepsia noutras . FUTURO . Os fabricantes dizem que o futuro passa pela nova geração de lâmpadas de díodos (LEDS), mas Mário Portugal contrapôe : " mesmo que vão para os LED,teremos um outro problema pois terão de usar fontes de alimentação comutadas para passar dos 220 volts alternos, de nossas casas, a tensões de corrente contínua muito baixas."
Tudo isto nos faz pensar na pressa com que ,no início de 2008, o Conselho de Ministros aprovou a aplicação de uma taxa ambiental sobre as lâmpadas incandescentes, por forma a incrementar o uso de lâmpadas de baixo consumo. Uma pergunta fica no ar : Será que ninguém se importa com os espinhos que esta rosa de lâmpada tem ? Esteja de que lado estiver a razão sobre este assunto, melhor seria aguardar um pouco mais por novos estudos antes de termos biliões de lâmpadas a gerar o tal ruído supersónico de 40.000 Hz. Este assunto é semelhante ao uso excessivo de telemóvel, pelo que todo o cuidado é pouco antes de embarcar em modernidades. Se tiver dores de cabeça não vá logo ao médico...certifique-se primeiro se não tem uma destas lâmpadas na mesa de cabeceira e lê um pouco antes de adormecer.
ATENÇÃO Quando uma lâmpada fluorescente normal ou uma de baixo consumo deixar de funcionar ,não a deite no caixote do lixo nem a quebre. A loja onde for comprar outra nova (mesmo os supermercados) são obrigados por lei a aceitar a velha e posteriormente a entregá-la numa unidade de reciclagem.DEFENDA A SAÚDE DOS SEUS FILHOS E NETOS. O mercúrio é veneno, não esqueça!
4 comentários:
O aviso final tem muito interesse.Eu desconhecia tal facto.
Tinha alguns conhecimentos.
Fiquei a saber muito mais.
JC
A minha mulher dormia com uma lampada destas na mesa de cabeceira,toda a noite e acordava com dores de cabeça.Quando li o artigo fiz a experiência e retirei a dita lampada. Nunca mais houve dores de cabeça. Obrigado
Embora tenha feito uma medição (aparelhagem má), disseram-me que o baixo consumo só se aplica após uma hora de funcionamento (!), é verdade ou mentira?
Cumprimentos
J. Martinez
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